Não julgueis, para que não sejais julgados.
Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
Mateus 7:1-2
É necessário que tenhamos complacência:
Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
Mateus 7:1-2
É necessário que tenhamos complacência:
É um país belíssimo, cheio de diversidade e
um dos mais virgens no âmbito da natureza. O gelo cobria a Polônia numa manhã de
inverno no século 19 a paisagem da Polônia consiste quase
inteiramente em terras baixas da planície da Europa do Norte, era um país
recortado de países, porque várias nações chegavam aquele país da Europa e
formavam guetos, ali estavam nórdicos, alemães e descendentes, judeus, mas eles
não se mesclavam, mantinham seus hábitos, culturas e tradições, e ali ficavam
de uma maneira terrivelmente conflitiva de um grupo racial contra o outro,
falavam seus idiomas, em uma pequena cidade, um homem, jovem ainda, nos seus
plenos 15 anos, compreendeu o que era impossível naquela cidade, o povo de um
bairro não conversava com outro, porque eram raças/costumes/culturas
diferentes, então Lazaro Ludoviko Zamenhof escreve a
primeira gramática La spero.
A primeira gramática de esperanto, aos 15 anos, era
necessário criar um idioma fraternal, porque o idioma é uma barreira, era
necessário romper essa barreira, para que todos se comunicassem, mas seus pais
o mandaram estudar em Moscou – Rússia, ele foi fazer medicina depois
oftalmologia, e o pai Judeu, encontrou seu caderninho com sua gramática que
criaste, queimou-a. quando Zamenhof retornou a Polônia , e percebeu
que o pai havia destruído todos seu apontamentos, não se rebelou,
agradeceu, porque agora ele falava ainda o Russo, falava mais idiomas, na
convivência com os povos russos, ele havia aprendido vários dialetos, então ele
compõem idioma esperanto, que pode ser aprendido em uma hora apenas, a sua
gramática tem somente 16 regras, toda palavra terminada em j é plural e assim
por diante, então ele lança essa língua da fraternidade universal. Mas então
naquela Polônia destroçada em 1932 permanecia os guetos, os guetos de Varsóvia
tinham 250 mil judeus, que não falavam polonês, a não ser por necessidade, só o
hebraico, e vivia naquele gueto um sacerdote ortodoxo. Ele conduzia-se
como se estivesse na palestina, era chamado Samuel, esse homem era de uma gentileza
incomum, para sair do gueto e ir a praça tinha que atravessar um pedaço de um
campo, onde estavam frequentemente jovens descendentes de alemão, trabalhando
na terra, e já os alemães detestavam os judeus, os poloneses, os negros entre
outros, quando Hitler atingiu o poder a partir do ano de 1935, ele dizia que os
poloneses eram um sub-raça, eram uma raça de suínos, e um judeu polonês pior.
Matar um judeu para Hitler era prestar um grande beneficio a sociedade, era
como exterminar a ratos.
Mas o rabino Samuel quando ia à cidade distante do gueto
passava por esse campo, e via os jovens alemães fortes, ele falava muito bem o
alemão, o rabino passava e dizia: Guten Morgen junge Miller. (Bom dia
jovem Miller).
E o jovem erigisse o peito dominado pela ira, e o rabino seguia, no dia
seguinte pela manhã:
Guten Morgen junge Miller. E o jovem queria estraçalhá-lo, e assim foram
meses e meses, e o jovem resolveu responder, entre dentes serrados pela
ira: Guten Morgen, e depois já sem ira: Guten Morgen, e mais tarde:Guten
Morgen, ren rabino Samuel.
1942 um trem para no campo de concentração nazista, e
a carga humana de mortos e vivos caem do trem, eles são todos judeus, estão
sendo assassinados só porque são judeus. A fila enorme e a frente esta um
soldado das tropas nazista, como ele não olha para o judeu, para não se
contaminar com os porcos, e não fala com Polonês porque é uma sub-raça, ele tem
uma batuta na mão (vara), e quando qual chega à fila ele dirige a batuta para
um lado ou para o outro, para a sua direita, é uma sobre vida, para
a esquerda vai direto para câmara de gás, onde mais tarde os corpos eram
transformados em sabão. Crianças, mulheres idosos e doentes, naquela fila
imensa esta Rabino Samuel, idoso, a sua família foi destroçada no gueto, então
ele esta na fila e sabe que vai morrer, para a câmara de gás, para o banho
final, então quando esta próxima a cinco passos ele se lembra de Deus e ergue a
cabeça, ergue a cabeça desafiadoramente, ele olha para o carrasco e o rabino
treme. Então o rabino diz bem baixo com sua voz embargada por lagrimas: Guten
Morgen, junge Miller, ele para o a batuta na mão, olha para o rabino, velho,
judeu, polonês: Guten Morgen, ren sar Rabino Samuel. E aponta a batuta para a
direita, e ele teve a sobrevida.
Acabou a guerra, anos mais tarde no julgamento do carrasco,
Rer Miller, o matador do campo de Auschwitz. Esta no banco dos réus,
pronto para ser enforcado. Testemunhas, e entre as testemunhas esta o rabino
Samuel, um olhar muito empanado pelos anos, no momento que lhe perguntam, o
senhor lembra que era ele que mandava as pessoas para câmara de gás? Sim, eu
vi, e era um homem bom, não porque ele salvou a minha vida, mas porque a minha
mensagem salvou a vida dele, eu tanto dei bom dia que consegui vencer o monstro
que o regime havia criado dentro dele, a minha solidariedade fez com que ele
mudasse de opinião, a culpa é do regime, ele foi criado para matar,
Então ele o defende, mas não o torna sem responsabilidade do crime que
praticou, e Miller foi para forca acusado por crimes hediondos contra a
humanidade.
Mas o poder do puro de coração, da misericórdia, do Bom Dia jovem Miller,
desenvolveu um sentimento de beleza nos últimos fôlegos da vida de Miller,
pensemos nós quando nem bom dia damos aos nossos ditos irmãos. Pensemos
nós.
Então disse Jesus: Não julgueis, para que não sejais
julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida
com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. Mateus 7:1-2 - Ai
está o Sermão da Montanha.
É muito fácil chorar a magoa dos próximos, mas é difícil sorrir com seus êxitos.
Pequenos milagres, de Yitta Halberstam e Judith
Leventhal, v. 1, ed. Sextante e em palestra proferida por Divaldo Pereira
Franco.Disponível no livro Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.Em 31.01.2012