terça-feira, 4 de outubro de 2011

Centro Vitais - Espírito, Perispírito e Corpo



    Regendo a atividade funcional dos órgãos relacionados pela fisiologia terrena, nele identificamos o centro coronário7, instalado na região central do cérebro, sede da mente, centro que assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciências da alma encarnada ou desencarnada, nas cintas de aprendizado que lhe corresponde no abrigo planetário. O centro coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente do Espírito.

    Desses centros secundários, entrelaçados no psicossoma e, consequentemente, no corpo físico, por redes plexiformes, destacamos o centro cerebral contíguo ao coronário6, com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endocrínicas e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras; o centro laríngeo5, controlando notadamente a respiração e a fonação; o centro cardíaco4, dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base; o centro esplênico3, determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sanguíneo; o centro gástrico2, responsabilizando-se pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos a organização, e o centro genésico1, guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas.

Espírito, Corpo, Perispírito

1 - Deus - Espírito - Matéria - Fluido Cósmico:

Para melhor compreensão do fenômeno mediúnico, é importante se estabeleça a interdependência entre o corpo, o perispírito e o Espírito.Para tanto, imprescindível aceitemos seguramente a existência e sobrevivência deste. Allan Kardec afirma: Antes de travarmos qualquer discussão espírita importa indaguemos se o nosso interlocutor conta com esta base:

CRER EM DEUS
CRER NA IMORTALIDADE DA ALMA
CRER NA SOBREVIVÊNCIA DA VIDA APÓS A MORTE

Sem isso seria tão inútil ir além, com querer demonstrar as propriedades da luz a um cego que não a admitisse. (1) Assim sendo, relembremos, com a Doutrina Espírita:
DEUS - Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. Nosso pai e criador.
ESPÍRITO - Princípio inteligente do universo. O elemento espiritual individualizado constitui os seres chamados ESPÍRITOS; do mesmo modo que o elemento material individualizado constitui os diversos corpos da natureza, orgânicos e inorgânicos.
MATÉRIA - Princípio que dá origem e formação aos corpos. Instrumento de que se serve o Espírito e sobre o qual ao mesmo tempo exerce a sua ação.
FLUIDO CÓSMICO - Desempenha papel de intermediário entre o espírito e a matéria, propriamente ditas, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer diretamente ação sobre ela. É fluido, como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conhecemos uma parte mínima.Este fluido universal, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio, sem o qual, a matéria estaria em perpétuo estado de desagregação e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá. (2) Abstraindo-se o Espírito, tudo o que existe no Universo é oriundo do fluido cósmico, não só o princípio material, quanto as leis que o regulam, tudo nele se alicerça. O fluido magnético e o fluido vital são apenas algumas das inúmeras modificações do fluido cósmico. Pela sua característica de extrema maneabilidade e variadas funções, podemos dizer que se a matéria é manipulada pelo homem, as criaturas fluídicas são elaboradas mentalmente pelos Espíritos (encarnados ou desencarnados), uma vez que o fluido obedece ao seu comando mental. André Luiz assim o conceitua: “O Fluido cósmico é o plasma divino, hausto do criador ou força nervosa do Todo-Sábio. Neste elemento primordial vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano”. (3)

2 - CORPO - ESPÍRITO - PERISPÍRITO:

Quando vivo, o homem constitui-se de:

CORPO FÍSICO- Componente material análogo ao dos animais. É, ao mesmo tempo, invólucro e instrumento de que se serve o Espírito. De vida efêmera, sujeita-se às transformações da matéria. À medida que o Espírito adquire novas aptidões, pelas reencarnações, utiliza-se de corpos físicos mais aperfeiçoados, condizentes com suas novas necessidades.

ESPÍRITO- Alma ou componente imaterial. O progresso é a sua condição normal e a perfeição a meta a que se destina. Imortal, preexiste e subsiste ao corpo físico que lhe serve de instrumento. Retornando ao Plano Espiritual, após o desencarne, conserva a sua individualidade, preparando-se para novas metas em sua ascensão evolutiva.

PERISPÍRITO- Envoltório fluídico de que se serve o Espírito em suas manifestações extra-físicas. Semi-material, participa ao mesmo tempo da matéria pela sua origem e da espiritualidade pela sua natureza etérea. Corpo espiritual que durante a reencarnação serve de elo entre o corpo físico e o Espírito.

3 - O PERISPÍRITO:

   O perispírito, ou corpo fluídico, também conhecido como corpo astral, psicossoma, corpo celeste e outras denominações, é o corpo de que se serve o Espírito como veículo de sua manifestação no Plano Espiritual e como intermediário entre o corpo e o espírito quando encarnado. Para melhor entendimento do perispírito, analisaremos este assunto sob os seguintes prismas: constituição, função, apresentação e propriedades.

CONSTITUIÇÃO

      De natureza sutil, o perispírito é constituído do FLUIDO UNIVERSAL inerente ao globo em que estagia, razão porque não é idêntico em todos os mundos. Sua natureza está em relação direta com o grau de adiantamento moral do Espírito; daí decorre que o mesmo se modifica e se aprimora com o progresso moral que conquiste. Enquanto as entidades superiores formam o seu perispírito com os fluidos mais etéreos do plano em que estagiam, as inferiores formam dos fluidos mais densos, ou grosseiros, pelo que, seu perispírito chega a confundir-se, na aparência com o corpo físico.

FUNÇÃO

    O Espírito pela sua essência é um ser abstrato, que não pode exercer ação direta sobre a matéria bruta. Precisa de um elemento intermediário (fluido universal), daí a necessidade do envoltório fluídico - o perispírito. O perispírito faz do Espírito um ser definido, tornando-o capaz de atuar sobre a matéria tangível.É, assim, o traço de união entre o Espírito e a matéria. Quando encarnado, o Espírito se vale do perispírito para atuar sobre o corpo e sobre o meio ambiente e, por seu intermédio, recebe sensações dos mesmos. Despojado do corpo físico, pela desencarnação (morte), o Espírito permanece com o perispírito, veículo de sua manifestação no Plano Espiritual.

APRESENTAÇÃO

    O perispírito toma a forma que o Espírito queira. Atuando sobre os fluidos espirituais, por meio do pensamento, e da vontade, os Espíritos imprimem a esses fluidos tal ou qual direção: Aglomeram-nos, combinam ou dispersam, forma conjuntos de aparência, forma e cor determinadas. Essas transformações, obedecendo a vontade do Espírito, permitem-lhe ter ou apresentar-se com a forma que mais lhe agrade. Podendo, num dado momento, alterar sua aparência instantaneamente. Essas transformações podem ser o resultado de uma intenção ou o produto de um pensamento inconsciente. Se num ambiente o Espírito apresenta-se com a aparência de sua última existência, pode, inconscientemente, modificar-se no recinto; algo, ou alguém o faz recordar-se de uma precedente reencarnação. Tão logo desliga o seu pensamento do passado, retorna à aparência atual.

PROPRIEDADES

     Um Espírito pode, portanto, apresentar-se ao médium com a aparência de uma existência remota (vestuário ou outros sinais característicos da época, inclusive cicatrizes, etc), embora isto não signifique que ele conserve normalmente essa aparência, mas sim a de vidas posteriores (geralmente a última experiência na Terra). Mesmo um Espírito apenas intelectualmente desenvolvido, embora moralmente atrasado, pode apresentar-se ao médium sob a aparência que deseje (pela disposição do seu pensamento), até mesmo de uma outra entidade, num processo de mistificação espiritual. Normalmente, no entanto, o perispírito retrata a condição íntima do Espírito, razão pela qual, premido por um estado consciencial de culpa, este se apresenta portando inibições, defeitos, aleijões, ou problemas outros, dos quais, embora o desejasse, não se pode furtar.

                             Imagem: Evandro Sirqueira


4 - REFERÊNCIAS:

(1) “O Livro dos Médiuns” - FEB - Rio de Janeiro - 29ª edição.
(2) “O Livro dos Espíritos” - FEB - Rio de Janeiro - 30ª edição.
(3) “Evolução em Dois Mundos” - FEB - Rio de Janeiro - 1ª edição.
(4) “A Gênese Segundo o Espiritismo” - FEB - Rio de Janeiro - 9ª edição.


Fonte: 
http://www.espirito.org.br/portal/cursos/curso-básico-mediunidade-03.html
Francisco Cândido Xavier - Evolução em Dois Mundos - pelo Espírito André Luiz.

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