O Sermão da Montanha VI

Então disse Jesus:

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Eu, porém, vos digo que não resistais ao maligno; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;

E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;

E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.

Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes. 

Mateus 5:39-42

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     Não resistais ao mal, porque o mal não tem escrúpulos, muitas vezes vem o mal e nós queremos enfrentar, mas ele é o mal, não enfrentemos, porque ele nos destrói. Deixemos o mal com seus males, e sejamos bons com a nossa bondade natural, a proposta de Jesus com o Sermão da montanha é de uma atualidade que nos comove, quando ele dando prosseguimento diz:

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Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. 

Mateus 5:13

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     E quando o sal perde o sabor para que serve? O sal é realmente de fundamental importância para quem se habitua a ele, porque os povos primitivos não o conheciam, mas graças a sua ausência do cloreto de sódio, degenerescências orgânicas apresentavam ao organismo, o sal serve para conservar o produto alimentício, para melhorarmos o sabor, mas se colocarmos muito fica intragável, se colocarmos pouco não ajuda em nada, então nós deveremos ter essa postura do equilíbrio, em nossa vida, sede como o sal, não para salgar a ninguém, nem para ser inútil a alguém, daí se inconha que a melhor maneira de conhecer um individuo é comermos um quilo de sal com ele, até terminar o sal, o indivíduo conhece o outro, e demora.

Mas Jesus vai adiante:

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Não julgueis, para que não sejais julgados.
Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
Mateus 7:1-2

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É necessário que tenhamos complacência:

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     É um país belíssimo, cheio de diversidade e um dos mais virgens no âmbito da natureza.O gelo cobria a Polônia numa manha de inverno no século 19 a paisagem da Polônia consiste quase inteiramente em terras baixas da planície da Europa do Norte, era um país recortado de países, porque várias nações chegavam aquele país da Europa e formavam guetos, ali estavam nórdicos, alemães e descendentes, judeus, mas eles não se mesclavam, mantinham seus hábitos, culturas e tradições, e ali ficavam de uma maneira terrivelmente conflitiva de um grupo racial contra o outro, falavam seus idiomas, em uma pequena cidade, um homem, jovem ainda, nos seus plenos 15 anos, compreendeu o que era impossível naquela cidade, o povo de um bairro não conversava com outro, porque eram raças/costumes/culturas diferentes, então  Lazaro Ludoviko Zamenhof  escreve a primeira gramática La spero.

     A primeira gramática de esperanto, aos 15 anos, era necessário criar um idioma fraternal, porque o idioma é uma barreira, era necessário romper essa barreira, para que todos se comunicassem, mas seus pais o mandaram estudar em Moscou – Rússia, ele foi fazer medicina depois oftalmologia, e o pai Judeu, encontrou seu caderninho com sua gramática que criaste, queimou-a. quando Zamenhof retornou a Polônia , e percebeu que  o pai havia destruído todos seu apontamentos, não se rebelou, agradeceu, porque agora ele falava ainda o Russo, falava mais idiomas, na convivência com os povos russos, ele havia aprendido vários dialetos, então ele compõem idioma esperanto, que pode ser aprendido em uma hora apenas, a sua gramática tem somente 16 regras, toda palavra terminada em j é plural e assim por diante, então ele lança essa língua da fraternidade universal. Mas então naquela Polônia destroçada em 1932 permanecia os guetos, os guetos de Varsóvia tinham 250 mil judeus, que não falavam polonês, a não ser por necessidade, só o hebraico, e vivia naquele gueto um sacerdote ortodoxo. Ele conduzia-se como se estivesse na palestina, era chamado Samuel, esse homem era de uma gentileza incomum, para sair do gueto e ir a praça tinha que atravessar um pedaço de um campo, onde estavam frequentemente jovens descendentes de alemão, trabalhando na terra, e já os alemães detestavam os judeus, os poloneses, os negros entre outros, quando Hitler atingiu o poder a partir do ano de 1935, ele dizia que os poloneses eram um sub-raça, eram uma raça de suínos, e um judeu polonês pior. Matar um judeu para Hitler era prestar um grande beneficio a sociedade, era como exterminar a ratos.

     Mas o rabino Samuel quando ia à cidade distante do gueto passava por esse campo, e via os jovens alemães fortes, ele falava muito bem o alemão, o rabino passava e dizia: Guten Morgen junge Miller. (Bom dia jovem Miller).

E o jovem erigisse o peito dominado pela ira, e o rabino seguia, no dia seguinte pela manhã:

Guten Morgen junge Miller. E o jovem queria estraçalhá-lo, e assim foram meses e meses, e o jovem resolveu responder, entre dentes serrados pela ira: Guten Morgen, e depois já sem ira: Guten Morgen, e mais tarde: Guten Morgen, ren rabino Samuel.

     1942 um trem para no campo de concentração nazista, e a carga humana de mortos e vivos caem do trem, eles são todos judeus, estão sendo assassinados só porque são judeus. A fila enorme e a frente esta um soldado das tropas nazista, como ele não olha para o judeu, para não se contaminar com os porcos, e não fala com Polonês porque é uma sub-raça, ele tem uma batuta na mão (vara), e quando qual chega à fila ele dirige a batuta para um lado ou para o  outro, para a sua direita, é uma sobre vida, para a esquerda vai direto para câmara de gás, onde mais tarde os corpos eram transformados em sabão. Crianças, mulheres idosos e doentes, naquela fila imensa esta Rabino Samuel, idoso, a sua família foi destroçada no gueto, então ele esta na fila e sabe que vai morrer, para a câmara de gás, para o banho final, então quando esta próxima a cinco passos ele se lembra de Deus e ergue a cabeça, ergue a cabeça desafiadoramente, ele olha para o carrasco e o rabino treme. Então o rabino diz bem baixo com sua voz embargada por lagrimas: Guten Morgen, junge Miller, ele para o a batuta na mão, olha para o rabino, velho, judeu, polonês: Guten Morgen, ren sar Rabino Samuel. E aponta a batuta para a direita, e ele teve a sobrevida.

     Acabou a guerra, anos mais tarde no julgamento do carrasco, Rer Miller, o matador do campo de Auschwitz. Esta no banco dos réus, pronto para ser enforcado. Testemunhas, e entre as testemunhas esta o rabino Samuel, um olhar muito empanado pelos anos, no momento que lhe perguntam, o senhor lembra que era ele que mandava as pessoas para câmara de gás? Sim, eu vi, e era um homem bom, não porque ele salvou a minha vida, mas porque a minha mensagem salvou a vida dele, eu tanto dei bom dia que consegui vencer o monstro que o regime havia criado dentro dele, a minha solidariedade fez com que ele mudasse de opinião, a culpa é do regime, ele foi criado para matar,

 Então ele o defende, mas não o torna sem responsabilidade do crime que praticou, e Miller foi para forca acusado por crimes hediondos contra a humanidade.

Mas o poder do puro de coração, da misericórdia, do Bom Dia jovem Miller, desenvolveu um sentimento de beleza nos últimos fôlegos da vida de Miller, pensemos nós quando nem bom dia damos aos nossos ditos irmãos. Pensemos nós. 
    Então disse Jesus: Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. Mateus 7:1-2 - Ai está o Sermão da Montanha.

É muito fácil chorar a magoa dos próximos, mas é difícil sorrir com seus êxitos.

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Bem aventurado os pobres pelo espírito.
Bem aventurado os puros de coração
Bem aventurado os misericordiosos
Bem aventurado os pacificadores
Bem aventurado os que sofrem perseguição pela justiça.

Quem ouve minhas palavras e a realiza encontra o reino dos céus.

E Jesus arremata seu sermão com um grande final;

Pois o reino de Deus está dentro de vós. 

Lucas 17:21

     Nós temos Deus em Nós, já afirma a ciência e Jesus e a Vida são termos de uma só realidade, nos interdependemos.

Por isso senhor, eu gostaria de ser como a via láctea de estrelas; Para que as noites na terra fossem sempre mais belas, mas na minha pequenez eu te peço dessa vez, se eu não conseguir ser uma galáxia, deixa-me ser um pirilampo, em noite escura iluminando a amargura de quem anda na escuridão.

Eu gostaria de ser, como uma chuva generosa, que tombando sobre a terra porosa reverdece-se o chão, mas se eu não lograr eu te  quero rogar para ser um copo de água fria, matando a cede a agonia de alguém na desesperação.

Senhor eu gostaria de ser um jardim de flores de todas as cores, para embelezar a terra, mas na pobreza que minha alma encerra, se eu não poder ser um jardim, deixa-me ser uma rosa solitária da frincha da rocha, colocando beleza no altar da natureza.

Eu gostaria de ser um pomar de frutos maduros, para atender a fome da humanidade, mas na minha precariedade, se eu não poder ser um pomar, deixa-me ser uma árvore generosa, que distenda galhos formosas sobre o chão.

Eu desejei ser um trigal maduro para repleta a mesa do ser humano, mas como ainda sou profano, não podendo ser um trigal, deixa-me ser um grão, que caído no chão se multiplica em um milhão, que se transforme na benção do pão.

Eu gostaria de ser uma escada que levasse o herói as alturas, mas nas minhas amarguras nunca lograrei, então eu te rogarei para ser o primeiro degrau, eu gostaria; Eu gostaria de ser a montanha altaneira, de onde se tivesse a visão da terra inteira, para embelezar de alturas, oh senhor como conseguir? Deixa-me ser então uma pedra pavimentando o chão por onde andem os lutadores de ocasião.

Senhor, eu desejava ser um poeta, um esteta, um artista, um orador para cantar as glórias do teu amor. Porém, falta-me o estro o verbo a magia a sabedoria, nessa impossibilidade então Senhor, eu te quero rogar para ficar na estrada e quando alguém passar pelo meu caminho eu lhe diga de mansinho: Ola Amigo! E ele me perguntar - Quem és tú? Sou teu irmão dar-me tua mão, eu irei contigo e passo a passo eu vá cantando obrigado Senhor porque eu nasci. Obrigado Senhor porque eu creio em ti, obrigado Senhor pelo que me dás, mas pelo teu amor e vida muito obrigado Senhor.

Palestra proferida pelo orador espírita Divaldo Franco